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  • Alaor Miguel

Visão Geral sobre o Transtorno do Espectro Autista


imagem simbolizando o transtorno do espectro autista

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem ganhando cada vez mais atenção e compreensão nos últimos anos. Neste artigo, buscamos oferecer uma visão breve, porém, informativa sobre o que é o TEA, seus sintomas e como pode ser abordado.


O Que é o Transtorno do Espectro Autista?

O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.


Sintomas e Características

Os sintomas do TEA variam amplamente, mas geralmente incluem dificuldades na interação social, padrões de comportamento restritos e repetitivos, e diferenças na comunicação. O diagnóstico de TEA é essencialmente clínico, feito a partir das observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos. Os primeiros sinais podem ser notados em bebês nos primeiros meses de vida.


No geral, uma criança com transtorno do espectro autista pode apresentar os seguintes sinais:

  • Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;

  • Dificuldade na comunicação, caracterizado por uso repetitivo da linguagem e dificuldade para iniciar e manter um diálogo;

  • Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas e dificuldade de imaginação.


Causas e Fatores de Risco

Embora a causa exata do TEA ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que uma combinação de fatores genéticos e ambientais esteja envolvida. A interação entre esses fatores parece estar relacionada ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa. Os fatores ambientais podem aumentar ou diminuir o risco de TEA em pessoas geneticamente predispostas.


Embora nenhum destes fatores pareça ter forte correlação com aumento e/ou diminuição dos riscos, a exposição a agentes químicos, deficiência de vitamina D e ácido fólico, uso de substâncias (como ácido valpróico) durante a gestação, prematuridade (com idade gestacional abaixo de 35 semanas), baixo peso ao nascer (< 2.500 g), gestações múltiplas, infecção materna durante a gravidez e idade parental avançada são considerados fatores contribuintes para o desenvolvimento do TEA.


Tratamento e Abordagens

Não existe uma "cura" para o TEA, mas existem várias abordagens que podem ajudar a desenvolver habilidades importantes e reduzir os desafios. Estas incluem terapias comportamentais e educacionais, bem como suporte para o desenvolvimento da fala e da comunicação. Alguns indivíduos podem se beneficiar de medicações para tratar sintomas relacionados, como ansiedade ou problemas de atenção.


O TEA é crônico, sendo necessário tratamento de estimulação com equipe multiprofissional especializada por tempo indeterminado, pois a interrupção do tratamento poderá afetar negativamente o prognóstico.


O tratamento padrão-ouro para o TEA é a intervenção precoce, que deve ser iniciada tão logo haja suspeita ou imediatamente após o diagnóstico. Consiste em um conjunto de modalidades terapêuticas que visam aumentar o potencial do desenvolvimento social e de comunicação da criança, proteger o funcionamento intelectual, reduzindo danos, melhorar a qualidade de vida e dirigir competências para a autonomia.


Cada pessoa com TEA apresenta necessidades individualizadas, que estão de acordo com a sua funcionalidade, sua dinâmica familiar e a quantidade de recursos que a comunidade oferece e, portanto, necessita de uma avaliação terapêutica personalizada que permita o estabelecimento de um plano individualizado de intervenção.


Vivendo com o TEA

Viver com TEA é uma experiência única para cada pessoa e família. Reconhecer e valorizar as forças individuais, enquanto se aborda desafios específicos, é fundamental. O apoio de familiares, profissionais de saúde, educadores e comunidades é crucial.


Conclusão

O Transtorno do Espectro Autista é uma condição diversa que requer uma compreensão cuidadosa e abordagens personalizadas. Celebrar as diferenças e fornecer suporte adequado pode permitir que pessoas com TEA prosperem e contribuam de maneiras valiosas para a sociedade. Se você suspeita que você ou alguém próximo possa estar no espectro autista, a busca por orientação profissional é um passo fundamental.

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